Bucolismo filosófico
Quando o mugir do boi desperta o dia,
o sol chacoalha luzes sobre o pasto,
eu me pego a pensar o quanto é vasto
o chão que Deus plantou a poesia.
Aqui e ali, um verso anuncia
o parto de um poema concebido.
A terra abre o ventre adormecido
e espalha vida feito epidemia.
Quando o ruflar das asas silencia,
o sol veste as cobertas do horizonte,
a lua ascende aos céus por trás do monte
e toda essa saudade se esvazia...
Eu me pego a pensar, por um instante,
como hei de fazer a travessia:
como um verso que embala a poesia
ou um calo no pé de um viajante.
Como fosse o Quixote de Cervantes
ou a brisa a soprar na ventania.
Quando o mugir do boi desperta o dia,
o sol chacoalha luzes sobre o pasto,
eu me pego a pensar o quanto é vasto
o chão que Deus plantou a poesia.
Aqui e ali, um verso anuncia
o parto de um poema concebido.
A terra abre o ventre adormecido
e espalha vida feito epidemia.
Quando o ruflar das asas silencia,
o sol veste as cobertas do horizonte,
a lua ascende aos céus por trás do monte
e toda essa saudade se esvazia...
Eu me pego a pensar, por um instante,
como hei de fazer a travessia:
como um verso que embala a poesia
ou um calo no pé de um viajante.
Como fosse o Quixote de Cervantes
ou a brisa a soprar na ventania.