Em meio aos destroços de mim mesmo, subsisto... (SOL DE VALENTINA)
Eu falhei quando perdi o Sol de Valentina,
Ela que era meu repouso e abrigo, minha segurança e paz...
Fui tolo, ingênuo, culpado, fugaz.
Por um momento pensei ter encontrado repouso para minhas angústias
E mal sabia que a angústia mal começaria
Eu, que amava Sol de Valentina, sofreria
Seu sorriso hoje é memória
Tudo faz falta em meio a dor
Sem o Sol de Valentina sou nada
Sem sua luz, sombra, frio e pavor...
Deixei uma luz vazia me iluminar
E de repente essa luz se esvaiu
Já não era Sol de Valentina
Era treva, que sobre mim recaiu...
Talvez jamais conquiste seu coração
E nunca mais tenha sua lealdade
Tolo, fui ingênuo acreditando no momento
Fracassado, pobre, mil vezes pobre em outra cidade...
Mas ainda vejo você
Embora para você já não existo
E na noite fria do meu quarto,
Em meio aos destroços de mim mesmo, subsisto...
Perdão, por mil anos te pediria
E no frio da minha alma
Longe de tua casa,
A casa da minha alma está nua...
A casa que sonhei ser tua
Tua casa que sonhei ser minha
Não de paredes, mobiliada
Mas uma casa chamada coração
E numa triste e dolorida canção,
Eu, tolo, amargo e vazio por dentro
Em mil vidas haverei de me culpar
Feri-me, ao ferir-te profundos sentimentos
"Se pudesse, faria cada passo diferente para tornar o agora o que foi outrora, quando Sol de Valentina era Sol da minha vida, sol que agora se pôs, e triste, foi embora....".
Dedicado ao próprio espírito, composto pela alma, sentido na carne...
Osasco, 08 de Janeiro de 2021
Com amor, arrependimento e saudades, eu...
F.Fidelis