A visão do poeta
Já era uma tarde finda,
E eu ali sentada ainda,
No banco daquela praça.
Meu semblante sem graça,
A ruminar tolos anseios,
Da mente em devaneios.
Mas meu espírito aberto,
Observava ali por perto,
E avistou um andarilho.
Tristonho e maltrapilho,
Que estava a ouvir gorjeios,
D'alguns pássaros alheios.
Vi que na sua mão,
Havia um mata-borrão.
Na outra o dedo em riste!
Na hora eu fiquei triste,
Olhei com mais atenção,
Olhei com mais atenção,
Então chorei de emoção.
Pois vi que era um poeta.
Seu dedo era sua caneta.
E a praça o seu cenário.
O poema era imaginário.
Os pássaros a inspiração.
A poesia era aquela visão.
Adriribeiro/@adri.poesias
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