A visão do poeta


Já era uma tarde finda

e eu ali sentada ainda,

no banco daquela praça…

Meu semblante sem graça,

a ruminar  tolos anseios

da mente em devaneios.

 

Mas meu espírito aberto,

observando ali por perto,

avistou um andarilho 

tristonho e maltrapilho,

que estava a ouvir gorjeios,

dos pássaros alheios.


Vi que em sua mão,

havia um mata-borrão.

Na outra um dedo em riste!

Na hora eu fiquei triste,
mas olhei com atenção

e chorei de emoção.

 

Pois vi que era um poeta.

Seu dedo era sua caneta

e a praça o seu cenário…

O poema era imaginário.

Os pássaros a inspiração.

A poesia era aquela visão.

Adriribeiro/@adri.poesias

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 17/12/2020
Reeditado em 20/10/2024
Código do texto: T7137859
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