A visão do poeta

Já era uma tarde finda,
E eu ali sentada ainda,
No banco daquela praça.
Meu semblante sem graça,
A ruminar  tolos anseios,
Da mente em devaneios.
 
Mas meu espírito aberto,
Observava ali por perto,
E avistou um andarilho.
Tristonho e maltrapilho,
Que estava a ouvir gorjeios,
D'alguns pássaros alheios.

Vi que na sua mão,
Havia um mata-borrão.
Na outra o dedo em riste!
Na hora eu fiquei triste,
Olhei com mais atenção,
Então chorei de emoção.
 
Pois vi que era um poeta.
Seu dedo era sua caneta.
E a praça o seu cenário.
O poema era imaginário.
Os pássaros a inspiração.
A poesia era aquela visão.

Adriribeiro/@adri.poesias
Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 17/12/2020
Reeditado em 04/03/2021
Código do texto: T7137859
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