FOI ASSIM

(Sócrates Di Lima)

Houve um dia,

Eu em você,

Você em mim...

Enfim,

Nós dois.

Houve talvez,

Promessa de amor,

viver um dia de cada vez

sem regras e sem pudor..

Eu gostei,

Apaixonei,

Quiçá, amei!

Mas o tempo passou...

no principio da história,

hoje, memória...

dos contínuos encontros

as descobertas,

as escondidas,

que na mente enrijecida,

o tempo houve por bem separar..

Hoje, sem o que reclamar...

perdeu-se o tom do amar,

mas, em seu lugar,

a saudade...

No gole da cachaça...

Na canção que só você ouvia,

na triste melancolia

ao final de um dia!

Foi assim...

O limiar de um amor,

que a historia em efêmera lucidez,

registrou...

mas, ainda não apagou,

Os efeitos desse amor,

do prazer selvagem,

dos corpos molhados,

da boca mordida,

dos braços marcados...

Talvez ilusão,

de um querer sem fim,

da mistura da razão na emoção,

no sexo sem regras,

devasso e sem pudor

mas, que, escorria feito veio de rio,

entre as pernas do amor,

e o que fazer...

o que dizer,

se o tempo é cruel,

arde como fogo

amarga feito fel.

E se não fosse o medo,

dos segredos,

e do divã,

já que não sabemos,

e envelhecemos,

mais ainda, amanhã!

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 03/12/2020
Código do texto: T7126847
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