Semente
Eu,
Só com a lua
Minha eterna cúmplice.
Pensava, então,
Como é estranha
Essa estranha vida.
Às vezes dolorida,
Às vezes querida.
Tudo o que vejo
É o retorno
Daquilo que um dia foi.
Em teus raios cristalinos
Deito meus versos malinos.
Busco você
Como o Cavaleiro
Buscava a Dulcinéia Amada.
Versos ensandecidos
Adorados, queridos...
Requentados no silêncio
Da doce madrugada.
No momento em que a voz calada
Se encanta com a nobre balada
E deixa eclodir no peito
O desejo do amor
Pela germinação da semente
Que acaba de brotar...