POÇO DA MOÇA
{Poema composto, acolhendo ao pedido do amigo Padre Francisco Moraes (in memoriam)}
No interior de Abaeté
A margem de senda de chão
O poço da moça, fonte e lago,
Trás encantos desse torrão.
Um “Romeu e Julieta” indígena
Enreda as lendárias narrativas
Da fuga de casal amazônida
Oriundo de tribos rivais
Quando ainda era poço,
Lugar de proibido amor
Sob frondes ao luar,
Unia o herói e a moça.
Depois da evasão, crescendo
Em sorvedouro de árvores,
São, as belas águas turquesas,
Memorial de amor profundo.