ARCOS DE AMOR
Num baile de folhas que dançam
placidamente, embaladas pelas gotas
da chuva que o DEUS do céu lhes lança,
vejo brotar em um lampejo a rôta,
escassa, mas inesgotável esperança,
incerta como a cavalgar sua rota.
Com o brilho molhado e luminescente
provoca festejos que caem como uma luva
em todo o encantamento emergente
que renasce na gente durante a chuva.
São círculos que se formam levemente
semeando na poça d'água suas curvas.
Curvas que se vão e vem novamente
num bailar de fim e começo infinito.
Puro gozo em arcos crescentes
que ao tocar uns nos outros, no atrito,
prendendo na poça a visão da gente,
desaparecem e se reiniciam mais bonitos.
Como se DEUS quisesse saudar o povo,
com fogos de artifício a seu sabor,
e às sementes que o homem de novo
planta na terra como se a semear o amor,
para que a colheita seja feita com Seu Aprobo
porque assim voltará para Ele o louvor.
Gotas de amor e deliciosa ternura,
derramadas nas paisagens, folhas e flores
cobrem todo o ambiente de prata na chuva
descortinando em pétalas, os amores,
que estão escondidos nas provocantes curvas
das belas damas friorentas em seus cobertores.