ARCOS DE AMOR

Num baile de folhas que dançam

placidamente, embaladas pelas gotas

da chuva que o DEUS do céu lhes lança,

vejo brotar em um lampejo a rôta,

escassa, mas inesgotável esperança,

incerta como a cavalgar sua rota.

Com o brilho molhado e luminescente

provoca festejos que caem como uma luva

em todo o encantamento emergente

que renasce na gente durante a chuva.

São círculos que se formam levemente

semeando na poça d'água suas curvas.

Curvas que se vão e vem novamente

num bailar de fim e começo infinito.

Puro gozo em arcos crescentes

que ao tocar uns nos outros, no atrito,

prendendo na poça a visão da gente,

desaparecem e se reiniciam mais bonitos.

Como se DEUS quisesse saudar o povo,

com fogos de artifício a seu sabor,

e às sementes que o homem de novo

planta na terra como se a semear o amor,

para que a colheita seja feita com Seu Aprobo

porque assim voltará para Ele o louvor.

Gotas de amor e deliciosa ternura,

derramadas nas paisagens, folhas e flores

cobrem todo o ambiente de prata na chuva

descortinando em pétalas, os amores,

que estão escondidos nas provocantes curvas

das belas damas friorentas em seus cobertores.

Nilma Rosa Lima
Enviado por Nilma Rosa Lima em 21/09/2020
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