SÓ ESCOLHA
Solidão ou liberdade?
Essa ideia me consome
Quando entro e cerro a porta
Sem sentir cheiro de homem.
Sinto tantos outros cheiros
Que inebriam meus sentidos
Respiro minhas lembranças
E aguço os meus ouvidos.
O vento sopra tão forte
Que ouço seu assobio
E logo vem o tilintar
Do mensageiro em seus fios
Nele as palavras dançam
Embaralham-se, confusas
Estou criando devaneios
Em minha mente obtusa.
Aí, entro em meu recanto,
Santuário do saber,
E me embriago de livros
Aumentando meu poder.
E vem então a resposta
Para a dúvida fatal:
Só é uma questão de escolha.
Boa resposta, afinal!
Cleusa Piovesan
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