INQUIETUDE
(Sócrates Di Lima)
Ontem foi assim...
Inquieto no meu continente,
Tumulto de pensamentos dentro de mim,
Contentamento descontente.
Inquieta minha alma se aflige,
O silêncio me atormenta,
Minh'alma até finge,
Em desenhar um sossego que só me tenta.
Olho a janela aberta,
O vento rosna, em noite quase fria,
Mexe com minha ilusão de poeta,
Faz-me vir aqui tecer poesia.
Inquieto, o sono não vem,
A cama parece enome na minha ansiedade,
Uma vontade de gritar também,
Pois, pega-me de jeito esta saudade.
Incansável busca de noticias,
De respostas que, ainda, desonheço,
Já revirei as redes sociais,
pois, esta incógnita agonia não mereço.
O que fazer com esta espectativa,
Medo que meus olhos venham lacrimejar,
Por algo que tavez assim se motiva,
Ah! Quero fechar os olhos e amanhã não despertar.
Há dentro de mim um vazio insustentável,
Um desejo sem fim de em voo me atirar,
Reconheço, é um fato quiçá lamentável
Já que não me deram asas para voar.
É que não suporto este silêncio que provoca dor,
Nada teria importância se eu não amasse,
E por isso esta inquietude que causa torpor,
Melhor seria se assim não me encontrasse.
Não mais pensei amar uma mulher desse jeito,
É a insanidade que de corpo e alma sempre me atirei,
E agora, inesperadamente este desalinho em meu peito,
até quando vai durar, Deus sabe, pois, eu não sei.