INQUIETUDE

(Sócrates Di Lima)

Ontem foi assim...

Inquieto no meu continente,

Tumulto de pensamentos dentro de mim,

Contentamento descontente.

Inquieta minha alma se aflige,

O silêncio me atormenta,

Minh'alma até finge,

Em desenhar um sossego que só me tenta.

Olho a janela aberta,

O vento rosna, em noite quase fria,

Mexe com minha ilusão de poeta,

Faz-me vir aqui tecer poesia.

Inquieto, o sono não vem,

A cama parece enome na minha ansiedade,

Uma vontade de gritar também,

Pois, pega-me de jeito esta saudade.

Incansável busca de noticias,

De respostas que, ainda, desonheço,

Já revirei as redes sociais,

pois, esta incógnita agonia não mereço.

O que fazer com esta espectativa,

Medo que meus olhos venham lacrimejar,

Por algo que tavez assim se motiva,

Ah! Quero fechar os olhos e amanhã não despertar.

Há dentro de mim um vazio insustentável,

Um desejo sem fim de em voo me atirar,

Reconheço, é um fato quiçá lamentável

Já que não me deram asas para voar.

É que não suporto este silêncio que provoca dor,

Nada teria importância se eu não amasse,

E por isso esta inquietude que causa torpor,

Melhor seria se assim não me encontrasse.

Não mais pensei amar uma mulher desse jeito,

É a insanidade que de corpo e alma sempre me atirei,

E agora, inesperadamente este desalinho em meu peito,

até quando vai durar, Deus sabe, pois, eu não sei.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 23/07/2020
Código do texto: T7014505
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