ESTRANHO

(SocratesDi Lima)

Estranho

Este meu querer estar sozinho,

Quando meu desejo tamanho,

É um turbilhão de carinho

Estranho

Essa minha vontade torpe

Num rompante enfadonho

Que de tristeza me entope.

Estranho não deveria ser

Pois minha escolha foi assim

Mas o destino tem sempre um querer

Que o amor sobreviva dentro de mim.

Estranho é querer fugir do amor

Que por amar não querer fazer sofrer

Mas de repente percebo que a dor

É justamente fugir desse bem querer.

E o que fazer então!

Enfrentar o mundo e seus monstros?

Enfrentar uma realidade sem compaixão

E sofrer a angústia dos desencontros.

Este silêncio é estranho,

que sequer permite o que não foi,

Incomoda, chega a ser enfadonho,

Passar o dia esperando um oi.

E por isto as vezes me destempero,

que as vezes faz-me chutar o pau da barraca,

Mas sempre num outro dia espero,

Que tudo passe e eu não me sinta um babaca.

Infelizmente o amor tem dessas coisas, enfim....

Quando se ama mas não se pode amar,

O proibido é um dilema sem fim,

Mas este amor não pode, sem justa causa por Eu, terminar.

E é por isto que também me silencio assim,

Não esperando a espera de um querer tamanho,

Que no frigir dos ovos fica uma excalamção dentro de mim,

Por achar enfim, este mundo nosso, muito estranho.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 23/07/2020
Reeditado em 23/07/2020
Código do texto: T7014431
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