O PARDAL

Ah! Que saudade daquela tarde linda
Em que vi aterrissar melódico pardal
Ligeiro, bateu asas quando eu, ainda
Taciturna, chorava em leito sepulcral.

E sem querer deixar cair no túmulo
A lágrima que em mim cheia de sal
Iria, literalmente, quedar-se mudo
Calando o canto nato do pardal.

Foi triste sina, embora, tarde linda
Tampouco tive dele a boa vinda
Perante este destino aqui mortal!

Mas tenho eu saudade do segundo
Que vi acinzentado no meu mundo
Mesmo que em mim um vendaval.

- Francielly Fernandes
- 18/07/2020
Francielly Fernandes
Enviado por Francielly Fernandes em 19/07/2020
Código do texto: T7009951
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