IDÍLIO CAMPESINO
Sobe a moça aos campos e colinas.
Como é agradável a atmosfera campesina!
Sua tarefa é as mais belas flores colher
e a sua avó bondosa oferecer.
A moça avista o que busca; fica plena de satisfação.
São salutares o silêncio e a contemplação.
A solidão, neste momento, acaba.
Sobe alguém, mas ela não sabe de quem se trata.
Continua a missão, espalhando perfume e cores.
Pendendo dos braços, todos os tipos de flores.
Aproxima-se, finalmente, um rapaz.
Completa aquele ambiente de tranquilidade e paz.
Inicia, então, com a moça uma conversa.
E o que era ligeireza e pressa,
transforma-se no mais puro e perfeito idílio.
O pastor de ovelhas entrega à moça um lírio,
símbolo da pureza e inocência.
E assim, o rapaz, com paciência,
ajuda a moça. Não esquece, todavia,
de perguntar, ao final, onde a encontraria,
se acaso dela sentisse saudade.
A moça, com muita simplicidade,
apenas diz ao rapaz que estaria nas mãos de Deus
um reencontro daqueles filhos Seus.
Então, corre a moça, de repente.
E deixa cair, nos campos, uma corrente.
O pastor apanha o objeto com cuidado.
E nele pousa um beijo ardente e demorado.
Membro da Academia Virtual de Poetas da Língua Portuguesa (AVPLP) - Acadêmica Titular do Brasil e de Portugal; Membro efetivo da U.A.V.I (União de Autores Virtuais Independentes) e Acadêmica da Academia Mundial de Cultura e Literatura (AMCL)