PESCADOR SOLITÁRIO
Como um rio pachorrento
Que leva entre tormento,
Um pescador solitário...
Que não conseguiu pescar
O sonho de alimentar
Sem ser um dignitário.
Margens outrora brilhantes
Com arvoredos verdejantes,
E águas tão cristalinas...
Hoje o eczema do lírio
Causa-lhe dor e delírio...
Já não se veem mais boninas.
Toda a mata ciliar,
Destruída deu lugar
A ribanceiras desnudas...
E o pobre pescador
Exercendo o seu labor
Invoca a Deus uma ajuda...