guerra
que os ventos do sul abracem meu corpo clamando por fogo;
me queimando lentamente por fora e
mesmo assim sem calor o suficiente
para respirar e lutar.
preciso de um sorriso sincero me
chamando de velha amiga e
amante da manhã e das tardes.
preciso da minha antiga
espada, dessa vez sem o sangue dos
que não devem ser nomeados. preciso
ser nobre de novo.
capaz de me reerguer no meio do conflito
e flutuar no meio do caos.
a história precisa saber meu nome.
precisa.
de que bem serei se o futuro não contar
de meu corpo entrando na floresta e saindo triunfante.
a história precisa ser boa comigo e
me amar.
estou fraca, mas aindo luto e
luto e me levanto.
as bandeiras balançam e as ondas do mar
gritam cantos de guerra.
ela chegou e não posso desistir do agora.
correr.
sobreviver.
eu vivo.
andar por entre as terras desconhecidas e
dos inimigos com sapatos caindo em pedaços de
tantas vidas mudadas.
seguindo chegamos ao fim.
acabou e a felicidade me sauda.
as espadas são
enterradas com seus mortos e
paz volta a reinar.
talvez.