Cartas guardadas
Já estão amareladas,
Com as folhas marcadas.
Guardam saudades fingidas,
Nas linhas quais foras tingidas.
Guardam histórias escritas,
Com os dançar das canetas.
Quase que deslizas ingratas,
Com as dores quais arrematas.
Estão pelo tempo surradas,
Ali na gaveta já esquecidas.
No peso do passado amassadas,
As cartas que foram dedicadas.
Cartas que guardam serenatas,
Até hoje sem nenhumas notas.
Parecem como algumas atas,
De grandes paixões escritas.
Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.