EU E MEU EU DENTRO DE MIM

Desde muito nova nunca quis um amor de novela

e muito menos um de cinema,

mas acho que os livros me deixaram plena.

E para mim o amor sempre foi uma pena

que na sua fragilidade possui diversas versatilidades

Com a pena eu posso escrever,

como também posso enfeitar.

A pena com seu jeito de flutuar 

e ao mesmo tempo se levar

me traz um reflexo do amor

que pode vagar em versos

ser enfeitado através de afetos

como também pode flutuar através dos ventos.

É difícil de dizer que eu não sei me iludir.

É muito fácil, posso dizer,

é porque tudo flui sem querer.

Hoje em dia chamamos de trouxa pessoas que amam demais

digo que esse pensamento não me satisfaz.

É complexo amar e querer ser amado na mesma intensidade

e não são todos que compreendem essa verdade.

Talvez uns não cobrem intensidade

porque ela não faz sentido em determinados momentos.

Ás vezes o que importa é o afeto

e como ele é transmitido.

Eu lembro de épocas da minha vida

em que me apaixonei muitas vezes

e consigo contar as vezes que eu cheguei a amar

e o quão demorou a passar.

Teve vez que nunca passou

e eu achava que ia morrer de amor.

Meu laudo médico diria "Essa morreu por amar demais

deixe que se vá".

A Tal da Neumann
Enviado por A Tal da Neumann em 14/06/2020
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