POEMA DA MADRUGADA...
Depois de tantas nuvens vieram os astros.
Rastros do que era o teu singelo olhar,
A me libertar dos pesadelos vis,
Impondo-me a realidade da insônia.
Nesse intermediário tempo,
Que aos comuns é madrugada,
Mas aos atentos é pura angústia.
Horas mágicas da falta,
Horas trágicas e vazias,
Uma sensação confusa,
Uma essência difusa,
De que a dor não passa.
O frio que toca na espinha,
E as mãos ataca...
Amedrontando as escritas,
Atormentando a fala...
Expressando-se nos olhos os pingos,
Mostrando-se presente na alma,
Do coração aos gritos,
Na boca que apenas se cala.