POEMA DA MADRUGADA...

Depois de tantas nuvens vieram os astros.

Rastros do que era o teu singelo olhar,

A me libertar dos pesadelos vis,

Impondo-me a realidade da insônia.

Nesse intermediário tempo,

Que aos comuns é madrugada,

Mas aos atentos é pura angústia.

Horas mágicas da falta,

Horas trágicas e vazias,

Uma sensação confusa,

Uma essência difusa,

De que a dor não passa.

O frio que toca na espinha,

E as mãos ataca...

Amedrontando as escritas,

Atormentando a fala...

Expressando-se nos olhos os pingos,

Mostrando-se presente na alma,

Do coração aos gritos,

Na boca que apenas se cala.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 13/06/2020
Código do texto: T6976671
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