OLHOS DE PÔR DO SOL
Olhos de pôr-do-sol
Quem dera parasse o tempo
E o teu sorriso pairasse no meu céu
Formando com um pincel a traços lentos
Teus lábios de batom vermelho intenso
Teu olhos de grandes cor de mel.
Quem dera parasse o tempo
Para que partisse naquele momento
Eu nunca olharia para trás.
De certo isso não estaria errado.
Mas a vida está incubida de dar cabo
Daquilo que já não volta mais.
Quem dera parasse o tempo
No horizonte ameno no fim de tarde
E como um ato de loucura
Tu quisesse por penúria
Matar minhas saudades.
O arcabouço dos amantes
É uma arte ao pôr do Sol
Firmando assim o seguinte pensamento
Quem dera parasse o tempo,
fundido os corpos as almas e os Sóis.