MESMO ASSIM...


A garrafa já terminou
e eu não sei pra onde eu vou.
Mas me lembro que anos atrás
eu encontrei um abrigo...
e que me foi perdido.
Assim, eu bebi de 23 às 3
e perdi meus sentidos.
Juro que sabia pra onde estava indo,
mas você veio do além
como sempre não respeitando ninguém
indo nesse vai e vem
E volto a dizer enquanto isso "tudo bem não você não estar mais comigo"

Como música eu sempre deixo a tocar
e me fazer chorar
deixando a lágrima rolar
me fazendo rever e saber...

Mas e o que adianta você me dizer que "não faz sentido reclamar por algo que não vai voltar"?
Se mesmo assim eu penso num futuro remoto
que você dizia ser monótono.
Cinco anos vale a pena? que pena!
E hoje eu desfoco
por medo de sempre perder o foco
do que eu quero
e estar sempre no "eu espero"
e no "e se?" pra onde ir?
sem sentir?
"mas pra onde ir?" eu te pergunto
Fico ecoando no fundo.
Na verdade eu sinto sua falta
e olhando assim,
ainda aperta minha alma
porque com você nada volta.

Eu vivo do passado
é o meu estado.
Estudo história
e tudo fica na minha memória.
Mesmo assim há parte de mim que quer
permanecer e florescer junto a você.
Mesmo assim hei de
deixar pra trás
todo mal que me faz
de me machucar sabendo que não está por perto
de sempre olhar tudo incerto.
Eu acho que sempre volto atrás
sendo fugaz.
Porém,
e o mal que me faz?
não tem preço
não vale o meu apelo,
mas sempre fico em dúvida
constantemente confusa
dentro da minha cúpula
que me ecoa a sua voz
me deixando feroz,
mas como também um bichinho
que precisa de abrigo
como eu adotei o Bilbo
e você diz que é carente
igual a minha mente.

Mesmo estando tão próximo antes
sempre foi tão distante
mesmo quando estávamos perto
eu me sentia no deserto.
Sempre tão longe, tão distante
e me guiando no meu pequeno instante
que era uma variante.

Eu te via, como o cara do espaço
e nos seus abraços
era meu porto seguro.
E nos seus braços eu eu me afoguei
onde eu errei?
Nos seus braços eu flutuei,
você me disse e eu sei..
Me fez conhecer o universo
acho que te tornei meu mundo
me levando cada vez mais alto e fundo
e com prazo de validade
eu não vi a verdade.
Sem temer o meteoro que vinha
me fazendo andar na linha
com medo que arrebentasse
a cada instante que passasse
e sem precisar que eu pensasse:
"Será que um dia eu choraria?"
e hoje eu me respondo perguntando:
"Com a sua despedida?"
 
A Tal da Neumann
Enviado por A Tal da Neumann em 08/06/2020
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