QUARENTENA
Céu cinzento, soturno e nublado.
Cada um, dentro de si, fechado.
Pensamentos cinzas, como o dia!
Contorce-me por dentro, algias.
Medo, saudade, recordações,
Trazem-me paúra, emoções!
Esfrego as mãos, suspiro fundo
Busco profundo, alívio ao coração!
Tudo inútil, pálido. Tudo em vão!
O dia discorrerá com sua programação.
Nada mudará; para mudar a mim!
Já contei dias, semanas, meses assim!
Até que a noite chegue e me abrace;
E sem o seu abraço, eu possa dormir!