TRISTE FIM DO ORVALHO

Sagazmente o orvalho cai beijando a terra
umidecendo seletos pastos virgens
fecundou em meio a flores, miragens...
à margem do Rio, desenhou suspiros.

Repousaram as águas cristalinas, solene
confessaram ao sol, seus pecados
entre pedregulhos tornou-se perene...
quais e quantos outros, inconfessados?

Ao chegar a lua, tentou cortejá-la
em vão, desmascarado em seguida
na obscuridade parnasianismo é poesia.

Já fecundado profanos desejos pastoris
ao amanhecer o castigo, revelou-se febril
despedindo-se de sua natureza condensada!

- Francielly Fernandes
- 27/05/2020
Francielly Fernandes
Enviado por Francielly Fernandes em 27/05/2020
Reeditado em 31/05/2020
Código do texto: T6959402
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