CANTO AO LUAR

[Para minha querida prima

Egídia Martins Araújo que desde

menina ainda, está no meu coração

pra sempre]

Vem luar

Me traz do mar

A flor

Do amor

Que eu sempre

Quis.

Encantamento

Eterno de

Minha alma

Que a calma

Faz-me

Esperar e sonhar...

Luar de minha

Vida

Que alumia

Meus passos

E passo a querer

Ainda mais.

Ah, amor

De minhas

Ilusões! E visões

Do alvorecer,

Do ser, por

Toda a existência.

Luar das idas

E vindas

Nas tormentas

Do mar

Do amar, revolto,

Do naufragar...

No tênue

Fio de luz

Do corpo

Dela e meu.

No pensar...

No pesar, da perda...

E agora, luar (?)

Oh, luar...

O lamentar,

No saber

Que se foi...

E vai... Sem volta.

Luar de todos

Os tempos!

Passado, presente...

Ausência de um

Futuro que

Não vem...

Luar dos quatro

Cantos do

Mundo, que

Eu mudo,

Não sei cantar...

E choro assim...

Lamento que

Nenhum luar

Sabe traduzir,

E medir

A intensidade

Da dor...

Como a dor

Da flor...

Companheiras

Dos espinhos,

Na coroa

De Jesus.

Ninguém nunca

Pensou(?) que

Elas também

Estavam ali,

Sofrendo,

Ensanguentadas?

Assim sou

Eu, que nunca

Amei tanto

O luar

Assim... tão

Tristemente!

Por saber

Que valente

O luar sempre

Será e Vera

Finalmente

O triunfo do amar...

Poeta Camilo Martins

Aqui,hoje,10.11.08