FLORESTA
Meus tímpanos ouviram a “voz” da floresta
Minha presença retratada pelo canto dos pássaros
Os raios solares não encontravam aresta
E meu coração emocionado, “chorava” cântaros.
O ar respirado era molhado.
O cheiro ímpar, de terra úmida,
As folhas das árvores imensas era “telhado”.
Perdido, o caminho era dúvida.
Mas envolvido pela mãe natureza
Aquele momento de beleza
Só me enchia de certeza
De que aquele momento de “realeza”,
Era só meu.
O som dos riachos!
O barulho das folhas secas sob os pés
E até o medo das onças, sucuris e jacarés,
Tudo isso...
Suplantado pelas saborosas frutas nos cachos.
Uma beleza natural!
E se não havia a presença do homem do mal,
A vida florescia, no seu curso normal.
Ênio Azevedo