FLUXO DA NATUREZA

Desce doce rouxinol da copa das árvores
o sol já derrama seus raios pelos ares,
a lua azul deixou vestígios de sua fase
e o dia simula o desejo de uma paráfrase.

Flores luzentes pelo orvalho da madrugada
elevam as pétalas entre os ciprestes da estrada,
e o lírio expande sua doçura no fluxo das águas
na claridez do riacho que no oceano desagua.

Canta doce rouxinol nos campos iluminados
enfeitiçados por sonhos fugazes, perfumados,
onde à luz do alvorecer dançam os girassóis
gravitando em consonância com todos os sóis.

Dia de múltiplos aromas e visão gloriosa,
fúlvido na estacão amena duplicando rosas,
com murmúrios de aves leves e suaves
flutuando com o vento em suspiros graves.


Lindas Interações

Poetisa Esther Ribeiro Gomes

Desce rouxinol do galho da amoreira,
vem me encantar com sua doce melodia!
A chuva molhou o jardim a noite inteira,
acordar com seu trinado é magia!
Vai chamar o seu amigo beija-flor
pra bailar com suas asinhas coloridas
e o dia resplandece com mais amor
trazendo novo sentido para a vida!

Poeta Fernando A. Freire

A vida tem pétalas, tem asas e, quando se a inala, um perfume sem marca exala. A vida esvoaça entre pios, arrepios e ramos escorregadios. A vida encanta, fala e também caminha, resvala e cala. É uma doce abelha pequeninha fugidia da libélula. Às vezes, cenário horripilante, mais vezes belo e interessante; é natureza e artifício; é seguro e perigo; é custo e benefício; é voo e aterrissagem; é cenário fértil e infértil; é deserto e paisagem; o mais certo: é viagem, é coragem, é passagem...

Poeta CasMil

E o rouxinol cantou
Ao despertar a alvorada
A poetisa mais uma vez criou
A natureza pela madrugada.



 

Verdana Verdannis
Enviado por Verdana Verdannis em 10/05/2020
Reeditado em 06/05/2024
Código do texto: T6943583
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