BORBOLETA BRANCA
Pensando na ingenuidade de Casemiro de Abreu,
poeta romântico fluminense
Uma borboleta branca
voa pela estrada.
Parado, vejo-a
a brincar
por entre as flores do campo.
Meu pensamento
se perde,
voa como a borboleta branca.
Porém sou triste.
Não sou alegre
como a borboleta branca
que voa.
Ela parece um pedacinho de papel
levado pelo vento.
Há vida naquele ser.
Parece que só eu percebo isto.
Ninguém olha
uma borboleta branca
voando pela estrada.
NMT.
Escrito em Mangaratiba, em 1989.