Nas sendas de Bashô
Não tenho
um bom
quimono, sei
-- pensa Bashô --,
mas me mantenho
agasalhado
neste frio fim
de
outono, pois
antevejo a vindoura
primavera
e
tenho
em mente
sempre
as etéreas
imagens de
minhas cerejeiras
em flor...
Por agora ,
concentro-me
na bela monotonia
da lagoa furta-cor:
céu
montanhas, e
nuvens de
ponta
a
cabeça,
em frente à ponte,
no final
desta trilha...
Nada
é
sombrio
em meu país natal.
Soltas,
flutuam no
vento
marrom
as folhas
como bolhas
de
som
em meus
olhos
de
oriental.