CHUVA PARAENSE
A chuva é minha alegria,
Que chega e continua,
Quando ela dança nua.
Na chuva das sete,
Naquela das duas,
Antes do namoro,
Na saída da lua.
A chuva que transborda a baía
É a mesma que lava a cidade.
É quem, de longe, traz o vento
E faz a tarde quente esfriar
E já na tarde fresquinha
Deixa o teu chamego cheiroso
De mansinho, me ganhar.
A chuva é quem, todo dia,
Chega e balança a mangueira,
Faz manga docinha despencar.
É quem faz a molecada
Festejar a liberdade,
Disparar em alegria
Ao ver papagaio chinar.
Um sol ardente na praia lotada
E uma grande chuvarada de verão,
Puxa todo mundo pra batucada,
Cantoria na rede e dança no salão.
Dançar carimbó assim nunca cansa
Fazer coisa boa e amor, também.
Quero que seja desse jeito em Belem
Pra sempre dançar e fazer com meu bem.
A chuva é minha alegria,
Que vem e continua,
Quando a dança dela é nua.
Na chuva das sete,
Naquela das duas,
Antes do namoro,
Na saída da lua.
CHUVA PARAENSE - Edson Neves e Vitor Sousa.