Origens

As folhas secas que caem, não sabem se presenciam ou são presenciadas

E com toda intensidade de meu peito não consigo saber.

As lembranças.

As origens.

O canto dos pássaros, o sol refletindo os olhos de Deus.

A feira armada na rua, barracas apertadas

Como resgatar fosse todas as lembranças solitárias, solidárias.

O cheiro de mato,

O sereno, que nas folhas formava um lençol.

Será que é por Ela, a lembrança, que tem asas e voa através do vento?

Será que é por Ela, que voa contrariando o tempo?

E o campo de flores não plantadas, no caminho,

Refém da Saudade, Talvez...

Quem sabe o dia anterior da partida

E a praça que se abria como se sala fosse, para mostrar uma tv sem cor...

Salas generosas que faziam passar os dias,

Salas sem piso que no chão sumiam com as horas, e acabava na seresta de uma varanda qualquer

são as origens, minha terra de ti, que não consigo esquecer.

niterói.rj | 2008

https://rinaldosanto.blogspot.com

Rinaldo Santo
Enviado por Rinaldo Santo em 01/04/2020
Código do texto: T6903560
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.