Bem-te-vi

Agora, quero apenas, nestes versos,

Louvar o canto gentil de um bem-te-vi

Que veio de casaca, antes do Sol

Falar que tinha visto um arrebol.

Lembrei-me, então, de abrir minha janela

Um ar gostoso, frio, leve e bom.

Uma esperança nova - e amarela -

usando um casaco marrom.

Trancado no meu quarto, há tanto tempo,

Várias coisas que deixei de ver:

Crianças,

Flores,

Peixes.

Borboletas...

Cheiros, sons e cores esqueci.

Mas, hoje, veio o dia anunciar,

Trazendo a novidade ao meu terreiro,

Matreiro,

com seu canto,

um bem-te-vi.

Fernando Antônio Belino
Enviado por Fernando Antônio Belino em 30/03/2020
Reeditado em 31/03/2020
Código do texto: T6901508
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