A chuva.

A chuva cai sobre a solidão da rua as gotas se quebram

Espantando o silencio desse pálido dia.

A música das aguas ecoa no vazio das horas.

Os pingos se enlaçam sobre as pedras da rua, se avultam

E sem cerimônia, arrastam folhas e pétalas caídas

Da janela, os olhos observam a tarde fria.

Insones, as retinas se deitam sobre esse momento explicito

E argueirando as passagens, os pensamentos,

Que se refletem na torrente das coisas idas.

A simetria dos retratos imbuídos na parede da memoria

Reporta-nos e aflora, sentimentos de longínquas datas,

Nesse pálido dia, por quem chora essa tarde fria ?

Edivaldo Mendonça
Enviado por Edivaldo Mendonça em 13/03/2020
Reeditado em 29/06/2023
Código do texto: T6887277
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