Vidro fosco da janela
a vida corria lá fora da janela
porta fechada saindo por ela
a rua deserta
destino morto
vida suspensa, cabos bambos
e toca sem destino a chamada urgente
não é bicho, não é mato, é gente…
a morte à porta
o vento de leste
uma nevoa solta
as notícias que leste
um vidro baço…
fechado, emoldurado na janela…
um olhar perdido
braços caídos
dia sem sentido…
Alberto Cuddel
20/02/2020
02:45
In: Nova poesia de um poeta velho