A FLOR DO MARACUJÁ ? versão caipira Parodiando Catulo Cearense

Leia meus artigos em Recanto das Letras. J B Pereira.

07/01/2018 17:16 - J B Pereira

A FLOR DO MARACUJÁ ?

A versão caipira

Parodiando Catulo Cearense

De José João Bosco Pereira

Para Sebastião Pereira, dentista por Alfenas, MG (in memoriam).

Homenagem ao meu Pai Sebastião Pereira:

"Era da cultura dele. Excelente. O Papai adorava isso.

Ele ficaria orgulhoso de ter um filho que escreve tantas coisas bonitas. Excelente meu mano. Linda memória. Meu irmãozinho João Bosco."

Antônio Geraldo Nascimento de Ávila Pereira, meu irmão, odontólogo e protético da Clínica Essência em São João del-Rei, MG, a respeito de nosso pai Sebastião Pereira.

Sim. Porque o curso primário tinha poemas nos livros de português no tempo do papai. Outro motivo, memória veritginosa e raciocínio plural e rápido para lei, matemática e áreas biomédicas e odontológicas. Porque tinha presença de espírito e sabia hipnotizar o público com a oratória e declamação da FLOR DO MARACUJÁ. Isso sou testemunha no seminário em Juiz de Fora, sala cheia, 50 pessoas, todos o aplaudiram... Voz e postura corporal invejáveis na recitação poemática.

Sim, esse era o talento de Nhozinho, o dentista por Alfenas, MG.

Era da cultura dele

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Imagina meu Pai declamando o caipira abaixo!

A versão caipira

"Maracujá já foi branco!

Eu posso inté lhe ajurá.

Mais alvo qui a garça,

Mais brando do que o lua!

Quando a flor amanhecia

Lá pros cunfim do sertão,

Maracujá parecia

Um ninho de argodão.

Nosso sinhô Jesus

Foi condenado a morrer

Numa grandi cruis Longe daqui

como o quê Pregaro

Cristo a martelo,

E ao vê tanta crueza

O carpinteiro leva o madeiro

A natureza chora di tristeza

O sangue de Jesus Cristo

Sangui pisado de dô

Nus pé du maracujá

Tingia todas as flor

Eis aqui seu moço

A estoria que eu vi contá

A razão proque nasce roxa

A flor do maracujá."

Caipira flor do maracujá - Catulo da Paixão Cearense

J B Pereira, Catulo Cearense & Homenagem a Sebastião Pereira e dentista por Alfenas (in memoriam).
Enviado por J B Pereira em 05/03/2020
Reeditado em 06/03/2020
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