CESTO DE LÍRIOS

Hoje no alvorecer com as estrelas ainda no céu a brilhar e a lua cor de prata a vagar;

fui ao campo para alvas e perfumosas flores de lírios pegar.

Colhi alguns buquê, coloquei no cesto e sair pelas ruas para ofertar.

Alguém para me causar insatisfação e me pertubar, perguntou se aquelas flores eu fui roubar?

Fiquei tão triste com aquela indagação, que comecei a chorar e lhes disse;

sou um poeta que a todos amo, venero, descrevo o raiar da primavera e o esplendor das noites enluarada.

Não tenho estudo nem arte e da minha profissão faz parte, colher flores no clarão da madrugada.

Só tenho como companhia o murmúrio de um sonolento rio, o clarão da lua e o cantar dos pássaros no raiar da alvorada.

(Jackson Costa)

Jackson Costa
Enviado por Jackson Costa em 15/02/2020
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