Sobre o amor.
Na minha visão oblíqua,
num ato de egoísmo histórico,
dissimulada histéria da minha elegante ignorância,
pensei que poderia ter descrito o amor.
Apanhado pelas entranhas fui devorado pelo fígado,
para que então embrigado pudesse cair em desatino
num sono melancólico e intrigado,
de que era acordar e um dia ter você ao meu lado.
Falhei mil vezes, errado tentei descrevê-lo como algo do futuro,
mas nunca realmente pude sentir, então constatei que era do presente
do pretérito mais que perfeito.
Porque talvez nunca tenha amado até o momento que te procurei..