Sobre o amor.

Na minha visão oblíqua,

num ato de egoísmo histórico,

dissimulada histéria da minha elegante ignorância,

pensei que poderia ter descrito o amor.

Apanhado pelas entranhas fui devorado pelo fígado,

para que então embrigado pudesse cair em desatino

num sono melancólico e intrigado,

de que era acordar e um dia ter você ao meu lado.

Falhei mil vezes, errado tentei descrevê-lo como algo do futuro,

mas nunca realmente pude sentir, então constatei que era do presente

do pretérito mais que perfeito.

Porque talvez nunca tenha amado até o momento que te procurei..

Misha Voguel
Enviado por Misha Voguel em 18/01/2020
Código do texto: T6845055
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