Nobre poeta
Apesar das noites tenebrosas
Noites em sono
Momentos frios de parar o coração
Sinto-me nem que seja lá no fundo
Você me esquenta-me
Na hipnose da Cíntia
Na ilusão do vinho
Escrevo meus prazeres
Efêmeros como efervescente
A loucura espreita minha mente
A solidão visita meu coração
A alma ardente
De um poeta enlouquecido
A dor dos olhos
O sono insiste em fechar-me
Mas o vicio deixa-me acordado
Na escuridão do crepúsculo
Vejo-me como um sonhador iludido
Giro meus moinhos
Com meus próprios ventos
Apenas sustento-me no amor
Para deixar-me acordado
Nas noites futuras
De poeta sonhador
Motivo eu não tenho para viver
Mas vivo para escrever
A morte atordoa
A vida assim à toa
Como pessoa eu serei aniquilado
Serei apagado de vossas mentes
Mas como poeta eu viverei eternamente
Em vossas mentes
As noites perdidas
Servirão para eu ser o que sou
Um nobre sonhador
Sonho com as utopias
Sonho com você
Vereis a Cíntia
No reflexo de sua imagem
Agora a tinta teima em acabar
Em mas uma noite a findar
Escrevo poemas
Iludido, mas feliz
Pois sei que um dia
Serei reconhecido pelo que fiz
Como um poeta
Apenas como poeta
Aurora chega
E a noite acaba