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És de toda a minha vida um vil engano,

Que tento apagar feito louco em lua nova!

Hoje fico vagueando sem rumo como cigano,

Minha insanidade mental é mais que a prova.

Tudo porque te deixei penetrar um lindo dia,

Na mais pura e ingênua mente de menino...

Meu coração em formação foi tua franquia,

Pra teu instinto cruel e selvagem de felino!

Nunca mais te vi tão bela, feito índia Iracema,

Olhos brilhantes! A negra e vasta cabeleira...

Mas nos meus sonhos, tu és sempre o tema!

Em cena, nós dois, embaixo da castanheira...

Ah! Deus, que me lembre dela eternamente,

E que não a veja nunca mais na minha frente!

Aqui, hoje, 08.03.2012

06:47 [Manhã]

Estilo: Soneto