MALIBU

Por que me perguntas, se eu choro um chôro sentido,

Se quando eu choro, todo o sentido se vai ao vento?

Lá se vão meus passos na areia em nada convertido,

Não me siga por eles... Falsas marcas de momento!

Meu grito, hoje, é apenas um ecoar inconsequente...

Que o choro traduz em raios de luar sereno ao chão!

De minha boca nunca ouvirás os suspiros da mente,

No compassado tilintar... Qual sino velho, do coração!

Olhe o céu, repare o mar, nas praias da minha alma...

Lá tu estás, linda como Malibu! Num reflexo intenso!

E meu peito, sempre, impregnado de um amor imenso,

Aquele por do sol, na tarde quente, assaz bem calma...

A vida a nos levar, nas canoas frias, de nossa fantasia!

Agora, apenas olho para Malibu... Sem a tua companhia.

Aqui, hoje, 02.08.2012

21h40min [Noite]

Estilo: Soneto