Primavera

Na copa de uma frondosa árvore

Vira e mexe tem um bem-te-vi

Que denuncia com o seu canto

O que está ao seu alcance.

E lá na várzea cultivada

Próximo ao ribeiro das águas

A primavera desabrochou

Ressurgindo como uma dádiva

E oferecendo-se sem pudor.

Aos olhos dos simples mortais

Suas cores encantou.

As abelhas e os colibris,

saciaram-se sem temor.

Os seus óvulos foram espalhados

Pelo vento e pêlos pássaros

Uns caíram pelo caminho

E foram logo carregados.

Outros caíram em solo estéril

E logo foram sufocados.

Mas alguns caíram em terra boa

E perpetuaram a sua coroa.

Antonio Sergipano
Enviado por Antonio Sergipano em 03/10/2007
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