Chove em mim...
Inunda chuva molhando meu ser
Umedecendo o solo do escrever
Germinando vaga a triste realidade.
Lacrimejada nos olhos de quem lê;
E chora o Poeta a tamanha saudade
Descrita no tempo do não sabe por quê.
Que nas pardacentas folhas da idade
O Vento sopra á noite ruelas de mim
Enclausuradas na cruel infelicidade...
Ateando a poeira mundana no argüir
Os traços deixados no caminhar
Rimas crivadas dum amor sem fim...
Refaz o pulsar de o imo a premunir,
A tempestade de nuvens a entoar
O redivivo borrão, chovido nanquim.
Insistem mostrar o negrume ao luar
Chuvosos versos bordando marfim
Lembrar das gotas, pérolas a tilintar...
Sussurram colchas nas eras do cetim
pros catres que te chamam sem ouvir
a vaguear pelas ruas nas noites sem fim...
Chove o peito da paixão por não sorrir
os momentos nebulosos vindo do mar
A carpirem ondas de o amargo existir.
“A Poetisa dos Ventos”
Deth Haak
Cônsul Poeta Del Mundo - RN
SPVA-RN. Sociedade dos Poetas Vivos e Afins
AVSPE