BALADA DO RIO COA

Junto às margens do rio Coa descansei

Terminada que foi a longa caminhada,

Através duma Natureza engalanada,

Tão fresca e bela, como nunca imaginei …

Depois das oito, após a terceira badalada,

Ouvindo o passaredo, que canta que nem sei,

Comigo caminhando o duo que convoquei

Lá fomos, quase duas léguas de abalada.

Tendo como objectivo a Sabugal do Rei –

Caminhada p´ lo rio, caminha p´ la estrada –

Os noventa minutos foram quase nada

Mas a fadiga, naturalmente, foi de lei.

Algumas peripécias, passo a destacar:

A mosquitada do costume a chatear,

Por entre os passadiços meio maltratados

E, quem diria, a atracção p´ lo fruto dos silvados.

As fotos e mais fotos, registando o evento,

Que a este trio deixarão contentamento,

Chegámos a bom porto à Casa das Delícias

Onde retemperámos com doces e carícias…

Rio Coa, rio Coa, que desces da Malcata,

Que destilas a sombra e matas a secura,

Põe o teu refrigério na nossa aventura

No canto suave deste poema de cantata…

Poema de cantata, em ode de Balada

Tocado pela Lira ao fim da madrugada!

Frassino Machado

In AS MINHAS ANDANÇAS

FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 29/08/2019
Reeditado em 29/08/2019
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