BALADA DO RIO COA
Junto às margens do rio Coa descansei
Terminada que foi a longa caminhada,
Através duma Natureza engalanada,
Tão fresca e bela, como nunca imaginei …
Depois das oito, após a terceira badalada,
Ouvindo o passaredo, que canta que nem sei,
Comigo caminhando o duo que convoquei
Lá fomos, quase duas léguas de abalada.
Tendo como objectivo a Sabugal do Rei –
Caminhada p´ lo rio, caminha p´ la estrada –
Os noventa minutos foram quase nada
Mas a fadiga, naturalmente, foi de lei.
Algumas peripécias, passo a destacar:
A mosquitada do costume a chatear,
Por entre os passadiços meio maltratados
E, quem diria, a atracção p´ lo fruto dos silvados.
As fotos e mais fotos, registando o evento,
Que a este trio deixarão contentamento,
Chegámos a bom porto à Casa das Delícias
Onde retemperámos com doces e carícias…
Rio Coa, rio Coa, que desces da Malcata,
Que destilas a sombra e matas a secura,
Põe o teu refrigério na nossa aventura
No canto suave deste poema de cantata…
Poema de cantata, em ode de Balada
Tocado pela Lira ao fim da madrugada!
Frassino Machado
In AS MINHAS ANDANÇAS