MAIS QUE SILÊNCIO...

Teimoso movimento que se inicia,

A voz ensaia a poesia...

Mas a mão trava e angustia.

E o poeta fica a sua mercê.

Poesia sobre coisas delirantes,

Nesse estado emocionante,

Característico da mente arredia,

Da alma que se recusa a responder.

Fruto de experiências tristes,

Que marcam e resistem...

Na letargia dominante e clara,

De um coração a emudecer.

Eu grito, grito e não ouço,

Esgano meu próprio pescoço,

Busco lá no fundo do poço,

E volto a me esconder...

Se não fui bastante claro, perdoa.

Posto seja a dor, não à toa,

Que em meu corpo ainda povoa,

De forma indecifrável a me deter.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 20/07/2019
Reeditado em 11/08/2019
Código do texto: T6700027
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