O SONHO DA ROSA.

Hoje eu desejei os teus lábios,

Logo ao acordar eu os desejei,

Era manhã,

Fria manhã de um dia qualquer,

E lá estava você,

Vestida de majestade e beleza,

Com um universo de estrelas cintilantes em seu olhar,

Os teus lábios em suaves movimentos,

Na pronúncia delicada de doces palavras,

E o teu corpo tão perfeito,

Com curvas tão delirantes,

Eu apenas observava,

Quieto em meu canto, abismado, sem reação,

E você… A passos lentos aproximou-se, sentou-se ao meu lado,

O inebriante perfume de flores do campo,

Perfume que até as tulipas encantam,

Enlouqueceu-me naquele instante,

Quisera eu beijar-te a face em ardentes beijos,

Quisera eu ser o alimento de teus lábios,

Senti-los na doçura do amor,

O teu encanto, cheio de mistérios,

E os teus mistérios, no encanto silencioso do olhar,

Mas eu era apenas um espectador,

Naquela melancólica manhã de um dia qualquer.

O insano desejo em minha mente,

A incontrolável vontade de ter teus beijos,

E este teu sorriso mágico,

Tão perfeito,

Vermelho escarlate,

Um discreto sorriso,

No formato desejável da loucura,

Já o meu desconcertado sorriso,

Revelando toda minha admiração,

Revelando o quanto você me domina,

E o teu poder sobre mim deveras é mesmo absoluto,

Quisera eu,

Ser como o beija-flor,

E arrancar da seiva virgem de teus lábios,

A doçura de cada primavera,

Mas sou apenas um poeta,

Observando em silêncio,

O magnífico ser tão distante de mim

Tua fotografia,

Teu sorriso,

A rósea face,

Por dentro eu me enlouqueço,

Por dentro eu te desejo,

Como eu gostaria de tê-la ao meu lado

Minha alma guarda tão grande amor,

Maior que o próprio peito.

Perdoe-me a indiscrição,

Perdoe-me a indelicadeza das palavras,

Mas eu não pude resistir,

Meus olhos enfeitiçados enlouquecem,

Na contemplação de algo divino,

Curvas tão delicadas

A cor exuberante da pele,

Tudo enfim, é magnífico,

Revela-me ainda mais,

Meus olhos não resistem,

Então, enlouquecido,

Na perfeição de tua beleza,

Tal qual a flor do amor,

Plantada no jardim primavera,

A enlouquecer os poetas ingênuos,

Talvez sim... Eu... Poeta das madrugadas,

Talvez sim... Eu... Seja mesmo insano,

Mas diga qual criatura não estaria?

As horas passaram-se rapidamente,

E continuo a observá-la,

E você - anjo ledo,

Tão distante de mim,

Sou este poeta louco,

Perdidamente apaixonado,

Sou como o beija-flor que sonhou com a rosa,

Ou talvez eu seja a rosa que sonha ser com o beija-flor.

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 19/06/2019
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