DE CONTOS DA NEGRA NOITE

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Me acena a noite com seu lenço

Já na madrugada longa e tardia

A perspicácia audaz da ventania

Que murmura contos de um amor errante.

Me acena um breve adeus num instante

Como quem me deixa para morrer sozinho

E se esvai como quem vai buscar os seus

Outras almas tem para encher de vinho

E eu já não quero da espanhola

O canto que consola o beijo desatento

Não importa onde estais agora

Pouco a pouco na memoria vais desaparecendo.