Quando as diferenças adoecem o amor…
Quando as diferenças adoecem o amor…
Acabam-se as expectações
Perde-se muitos detalhes tão óbvios
Deixa-se as admirações
Não que seja algo ruim…
Se olharmos pela lente da verdade
Talvez seja dolorido partir
Pior é ficar sem lealdade
A vida é um ir e vir
De gente chegando e gente partindo
O estar é apenas uma estação
Uns permanecem chorando, enquanto o outro, sorrindo
parte no trem da vida
Trem este, conduzido pelo tempo
Uns ao som de serenatas
Outros, em tristes lamentos
A próxima estação é idealizada
No guarda volume, o amor cuida das coisas permanente
Enquanto isso, a tiracolo, somente desejos
Daqueles volúveis que mexe com a gente
Um dia desses a gente desembarca numa dessas estações frias
Com um coração sangrado e dolorido
A alma dilacerada pelas perdas da vida
E um fingido, rígido sorriso
Na mente, a memória de uma velha estação
E quem sabe uma tatuagem que rememora esse lugar
O cheiro marcado na memória, um perfume sem igual
Uma saudade cruenta, no meio de um temporal
Temporal de pensamentos e lembranças
De arrependimento e alguma culpa interna
Sabendo que a vida é como brisa
E o amor, uma quimera
Assim, descansarei em paz, no meu mundo
Sabendo que suas escolhas te levaram até onde chegou
Se te culpas do abandono, do meu coração hoje sou dono
E não cabe quem um dia o abandonou...