Agonia

O despertar da primeira paixão
foi por um vizinho, num mês de maio.
Tudo por causa do olhar dele pra ela
pelo retrovisor de um carro.
Num carnaval, ela aos 18 anos,
era tão amarrada no vizinho
que beberia o mar por causa dele.
Depois ela casou e diminuiu.

Casada, o enlace trouxe um cunhado...
Padrinho de seu filho, o compadre.
Ela se apaixonou pelo cunhado,
mas sempre pensava no vizinho.
Mas, depois o compadre
tomou conta do seu coração.
Foram dois amores intensos,
mas essencialmente platônicos.
Tão platônicos que nunca fizeram amor.
Mas, um dia aconteceu um poeta na vida dela.
E de lá pra cá ele roubou seu coração.

Ele foi o seu grande amor!
Amor maior do que o que sentiu
pelo vizinho e pelo compadre,
não por causa da inteligência,
mas porque o vate
era como um pai amoroso e carinhoso...

Ele marcou esse grande amor,
pois ela lhe deu um filho...
O tempo passou e o amor só cresceu.
Mas ela teve receio de perder o poeta,
sendo o poeta uma realidade
misturado a muita pouquidade...

O poeta foi para a menina dos sonhos
o apenas e sempre grande sonho de amor...

A menina dos sonhos... Sonhou.