Flor do cerrado
A flor me olhava apática, deprimida
nas suas pétalas simpáticas
e no seu ar patético...
Desidratada, retorcida,
não pelo tempo nem pela vida,
mostrava nas cores medidas
sem seiva, nem sumo
sua descrença no mundo...
Flor.
Apenas uma flor morta.
Sem odor.
Sem tato.
Sem dor.
Torta.
A que fora a mais bela flor do cerrado
jazia, na beleza mutilada
da flor mumificada, vazia,
num vazio amargo
de um belo vaso de barro.
(Reedição)
A flor me olhava apática, deprimida
nas suas pétalas simpáticas
e no seu ar patético...
Desidratada, retorcida,
não pelo tempo nem pela vida,
mostrava nas cores medidas
sem seiva, nem sumo
sua descrença no mundo...
Flor.
Apenas uma flor morta.
Sem odor.
Sem tato.
Sem dor.
Torta.
A que fora a mais bela flor do cerrado
jazia, na beleza mutilada
da flor mumificada, vazia,
num vazio amargo
de um belo vaso de barro.
(Reedição)