O HOMEM PERDIDO

Fechar os olhos

E sentir a incerteza mordendo no peito

Com força

Com voracidade

E o vento lambendo a indagação

Não ter espaço nesse silêncio

A atmosfera comprimindo o ser

Vegetação agreste e faceira

Deixando a garganta amarela

Curtir o último sabor da vida

Ouvindo a canção exalada da pedra

Tragédias traçando e tragando um destino

O homem perdido entre o nascer

E o próximo passo

O abismo do inexistir abocanhando os sonhos

E lá se vai mais uma poesia

Que ninguém prestou atenção

Pobre mundo, pobre homem!

Cláudio Antonio Mendes
Enviado por Cláudio Antonio Mendes em 09/03/2019
Código do texto: T6593647
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