Paraíso particular
Paraíso particular
Na minha simplicidade
Felicidade é uma tarde
O sol tomando banho na chuva
Os pássaros voando e cantando pelo quintal
Crianças soltando pipa na rua
Logo após o sol se secar ao natural.
E fica aquele cheirinho de terra molhada
Qué se mistura com o cheiro de café que vem da cozinha
A tarde assim termina
Um lanche com conversa fiada
Toco meu violão olhando a Serra lá em cima
Carros passam lentamente
Na beira de minha estrada
Tão longe estão de mim ou de sua chegada
Cada um rumo ao seu destino .
Mas eu tô aqui .
Onde me sinto bem .
No meio do nada.
Minha casa de campo
Na esquina da probabilidade
De frente,pra possibilidade
Eu abro a janela ao amanhecer
E recebo o dia do jeito que vem
Colhendo o que plantei
É bem verdade que me faltam frutos
Más isso não é tudo
Perto de tudo que já passei
Enfrento o mundo
Do jeito que posso
Do pouco que eu sei.
Na minha simplicidade
Não fujo da lei
Vivo de acordo com os passos que dei.
Sei bem o que me fez calar
E o quanto já gritei.
Mas a verdade é que me faltam sorrisos
Pra compensar o que já chorei.
Esse recanto ,meu aconchego
Fica longe das impurezas do mundo
Desprezo automático a mesquinharias e contendas
Um paraíso particular
E não há ,no mundo ,quem o compre ou venda.
Não tem fórmula sua essência
Nem há ciência
Os humildes de coração
Habitam nessa residência.
Onde custa muito pouco
O preço de nossa existência.