A tempestade
As àguas se acumulam
Nas nuvens
Trovões esbravejam
O céu estremece
Relâmpagos a terra beijam
Raios desabam
Dividindo o tronco
A tempestade desaba
Intensamente num choro
Na casa pequenina
Que está cheia de goteiras
O travesseiro fica ensopado
Com as lágrimas
Que escorrem do telhado
Transbordando o balde
Escapando da vazilha
Invadindo a casa
Pela brecha da cortina
As nuvens choronas
Ficam secas
Sumindo inteiramente
Perdidas no ar
As àguas agora faltam
Pra quem estava a reclamar
O sol brilha
Sem nuvem alguma
Para atrapalhar