De mim
Meu fetiche é escrever para poetas
Em camas vazias
Marcas
Arestas
Tênue fantasia
Meu destino é ser dama de cilada
Bruxa
Fada encantada
Bicho das matas a correr
Minha visão muda e contesta
A tua me faz doer
Sou estranha
Faço manha
Não sou quem quero ser
Sou daqui
E não dali
Eu não sou de onde quero ser
Eu estou em desespero
Caminho com meu medo
Medo de mim!
Cale a boca
Tenha dó!
Me deixastes tão só
Em florestas tropicais
Doces vinhos reais
Mundo azul
Foi ser no sul a tua festa
E de mim eu tenho pressa
De mim quero fugir
De mim quero morrer
Cair
Chorar
Sangrar
Doer
E assim me entorpecer.